A generalização atribuída ao chamado campo religioso evangélico no Brasil, traduz um equívoco pontual e importante, à medida que sua feição difusa, diversa e em muitos aspectos caótica, oculta a expressão de dogmas - no interior de tal corrente - oriundos da ideologia neoliberal incrustados especialmente nos modos de enxergar as desigualdades, as quais não resultariam - à luz da interpretação de suas lideranças mais expressivas midiaticamente - das condições de natureza histórica vincadamente marcadas pela prevalência de interesses da elite economicamente opressora, todavia, da passividade ou diligência dos crentes em face das "naturais" adversidades que desafiam a existência e, por consequência inescapável, a fé. O maneira de discernir o tema da desigualdade por parte (incorro em deliberada generalização) dos evangélicos, importa no vínculo imediato que a inevitabilidade do sofrimento possui com o grau de credulidade nas promessas divinas, as quais, em que pes
As assimetrias na história do povo hebreu ao lado de suas idiossincrasias, compreendem interessante objeto de análise com vistas a uma reflexão acerca dos elementos de influência sobre o ocidente, e, em última instância, à realidade brasileira, no que toca ser aquele povo referência ao conceito de monoteísmo, de modo a abarcar a concepção e conteúdo ocidental da fé (ao menos para parte significativa do continente). Não obstante, o componente ético que matiza a compreensão do exercício da fé pelos hebreus resta incorporado, indissociavelmente, à dimensão ontológica, uma vez que a unidade presente no entendimento geral do que seja seu significado existencial, está imbricada à instância última do ser, ou seja, ao campo dos signos de onde se extraem as complexidades que definem essa coletividade. Sob tal perspectiva, impõe-se a inescapável consideração de que a comunidade judaica manifesta, além da concepção monoteísta, expressa na convicção em um único Deus (auto)existente, que atua