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Mostrando postagens de janeiro, 2020

"Assim caminha a humanidade" - uma abordagem sobre contrato

Passei algumas horas construindo uma peça jurídica na qual expunha, de modo exaustivo, a compreensão prevalente da doutrina acerca dos valores relativos ao dever de assistência mútua que deve nortear a comunhão conjugal, a qual, por pertencer ao campo das escolhas e subjetividade humana, não está imune à dissolução. Sob tal perspectiva, é compreensível que obrigações bilaterais precisem ser observadas por aqueles que um dia se vincularam, e para tal projeto de união estabeleceram a reciprocidade do cuidado sem que necessariamente afirmassem, de modo solene, esse compromisso. Em que pese variar de pessoa a pessoa, o compromisso é um valor socialmente válido, o qual não precisa estar reduzido a um instrumento escrito com vistas a revestir-se de relevância jurídica por exemplo, uma vez que nosso ordenamento civil elegeu a boa fé objetiva como a bússola que nos orienta a dar cumprimento ao que nos obrigamos, extraindo de tal entendimento a noção de que esse princípio, a boa fé, dá à l

No Planalto, sinais de uma cadeira vazia

Os ataques do atual presidente da república à imprensa, cada vez mais se intensificam no Brasil, expressos em respostas reativas e que, provavelmente, perfazem seu único recurso quando confrontado por jornalistas em pontos que relativizam seu governo, expondo autoritarismo tosco porquanto eivado de absoluta ausência de coerência e lógica em todas as oportunidades de manifestação pública. Esta prática, a qual demonstra não apenas carência de mínimo substrato intelectual ao básico exercício de comunicação, reduz a percepção positiva dos agentes internacionais acerca de nosso país, e pior, encolhe o significado da ideia presente na figura do chefe de estado perante a nação.+ Esquisita, grotesca e absolutamente incompatível com a conduta de um presidente é a escalada de impropérios proferidos por Bolsonaro a jornalistas que o arguem acerca de temas sensíveis, aos quais, as respostas oferecidas tem variado entre virulenta agressão ou abrupto encerramento de entrevistas, haja vista o

"UM MONTÃO DE AMONTOADO"

A influência do livro na moldura comportamental e configuração das sociedades lhe confere a condição de uma das mais relevantes criações humanas, em cuja concepção certamente prevaleceu o propósito de viabilizar a difusão de ideias mundo afora. A transposição do pensamento ao papel bem como ao formato eletrônico e sua consequente circulação traduz a lógica na qual se apoia a criação deste extraordinário artefato, o qual, infelizmente, no Brasil ainda não goza do merecido prestígio, não apenas pelo pouco estímulo à leitura no seio familiar e insatisfatório impulso nos ambientes escolares formais, mas, especialmente, pelo desprezo de uma elite política que macula, pela ideologia cega e estúpida, a função fundamental do livro, qual seja, a de educar. É forçoso reconhecer que o compartilhamento do pensamento não é prerrogativa do mundo ocidental e muito menos fora forjado sob o molde hegemônico a que denominamos livro, mas, fundamentalmente, pertence ao universo de um passado remo

"SÓ VOLTE QUANDO DEUS MORRER"

"Por trás do céu" compreende um filme cuja narrativa expõe, em medida substantiva, a condição humana com escopo na inocência e dor visceral, dimensões que, simultaneamente, habitam o universo interior de Aparecida, personagem interpretada por Natália Dill, a qual nos apresenta uma profunda ferida na alma, ao lado da qual reside uma pureza rara a alimentar a esperança de transpor as fronteiras de sua morada e desfrutar a experiência da vida citadina. Ao lado de Edvaldo, seu marido, em cujo coração repousa a amargura decorrente de uma violência que a mesma sofrera, a doce e sonhadora jovem tece, com fértil imaginação, um cenário alternativo marcado por experiências oníricas, nas quais um cano depurador de ideias negativas e o intento em elaborar um foguete para empreender sua viagem são alguns dos componentes a marcar a alma quase pueril daquela mulher. Sublimar a dor por meio do sonho que oxigena a alma e potencializa os canais criativos geradores de alguma alegria é o ex
Eis que a partir de hoje, 1º de janeiro de 2020, uma nova expectativa nos domina, a qual se revela intensa tendo em vista que os próximos doze meses compreendem o lapso temporal no qual as esperanças, projeções e realizações ordinariamente ordenadas, produzirão os fins desejados bem como os cenários que darão origem às mais veementes rejeições. Pisar o chão regular da existência, fruto de árduo e apurado trabalho, perfaz um prêmio, o qual contrasta com eventuais frustrações decorrentes de não alcançarmos alguns propósitos. Êxito e fracasso são faces de uma moeda que, para além do clichê esboçado em tal imagem alegórica, expõem uma verdade, qual seja, a noção de que desajustes e inadequações caminham ao lado de acertos e felizes escolhas. Que nossas decisões nesse ano que alcançamos, decorram de serena meditação e produzam os fins desejados, sob o fito de marcar com amor e edificação o universo! Paz e bem em 2020!!